Caravanas es el nuevo disco de Chico Buarque. As caravanas es canción que inspira el nombre del disco y muestra la preocupación del artista al ver las caravanas de refugiados árabes avanzar hacia las playas del Mediterráneo en los autobuses.
Caravanas es un disco lleno de canciones de plena actualidad en la forma y el contenido, pero inspiradas en referencias y formas paradójicamente inusuales. Chico Buarque no las compuso de una sola vez antes de grabar, como suele hacer, sino una a una, desde el final de 2015, y las fue grabando en el estudio de la discográfica Biscoito Fino, en Río de Janeiro, a medida que estaban listas. Cuando siete ya estaban grabadas, añadió otras dos canciones nunca publicadas anteriormente en un disco suyo: Dueto, incluida en el disco Com açúcar, com afeto, de Nara León, en 1980, i A moça do sonho, compuesta junto a Edu Lobo para el disco Cambaio, de João Falcão, de 2001, y popularizada por Maria Bethânia.
El País
Letra: É um dia de real grandeza, tudo azul Um mar turquesa à la Istambul enchendo os olhos E um sol de torrar os miolos Quando pinta em Copacabana A caravana do Arará - do Caxangá, da Chatuba A caravana do Irajá, o comboio da Penha Não há barreira que retenha esses estranhos Suburbanos tipo muçulmanos do Jacarezinho A caminho do Jardim de Alá - é o bicho, é o buchicho, é a charanga Diz que malocam seus facões e adagas Em sungas estufadas e calções disformes Diz que eles têm picas enormes E seus sacos são granadas Lá das quebradas da Maré Com negros torsos nus deixam em polvorosa A gente ordeira e virtuosa que apela Pra polícia despachar de volta O populacho pra favela Ou pra Benguela, ou pra Guiné Sol, a culpa deve ser do sol Que bate na moleira, o sol Que estoura as veias, o suor Que embaça os olhos e a razão E essa zoeira dentro da prisão Crioulos empilhados no porão De caravelas no alto mar Tem que bater, tem que matar, engrossa a gritaria Filha do medo, a raiva é mãe da covardia Ou doido sou eu que escuto vozes Não há gente tão insana Nem caravana do Arará
Letra: É um dia de real grandeza, tudo azul Um mar turquesa à la Istambul enchendo os olhos E um sol de torrar os miolos Quando pinta em Copacabana A caravana do Arará - do Caxangá, da Chatuba A caravana do Irajá, o comboio da Penha Não há barreira que retenha esses estranhos Suburbanos tipo muçulmanos do Jacarezinho A caminho do Jardim de Alá - é o bicho, é o buchicho, é a charanga Diz que malocam seus facões e adagas Em sungas estufadas e calções disformes Diz que eles têm picas enormes E seus sacos são granadas Lá das quebradas da Maré Com negros torsos nus deixam em polvorosa A gente ordeira e virtuosa que apela Pra polícia despachar de volta O populacho pra favela Ou pra Benguela, ou pra Guiné Sol, a culpa deve ser do sol Que bate na moleira, o sol Que estoura as veias, o suor Que embaça os olhos e a razão E essa zoeira dentro da prisão Crioulos empilhados no porão De caravelas no alto mar Tem que bater, tem que matar, engrossa a gritaria Filha do medo, a raiva é mãe da covardia Ou doido sou eu que escuto vozes Não há gente tão insana Nem caravana do Arará